Para Alessandra Morais, gerente de Serviços Digitais da Atlas Schindler, empresa que entrou para a Coalizão Empresarial em 2019, "é entrar para um grupo seleto de gente engajada, comprometida, que nos estimula e nos provoca".
Os trabalhos da Coalizão se baseiam no princípio da Liderança Engajada, no qual líderes comprometidos pessoal e profissionalmente com a causa - assim como Alessandra -, sustentam as ações da empresa em prol dos pilares de trabalho do da Coalizão: Governança; Comunicação; Treinamento, Educação e Advocacy. Mas não param por aí. "Nos norteamos pelos princípios da Coalizão, eles nos dizem por onde ir, qual trilha pegar. É nossa referência e nossa base. Mas a jornada na causa da violência e discriminação contra a mulher ainda é longa, sobretudo numa empresa cujo quadro de funcionários tem 87% de homens. Depois que aderimos à Coalizão, começamos a aprender muito e, sobretudo, ensinar dentro de casa como podemos ser, cada vez mais, uma empresa que preza pelas relações igualitárias, respeitosas e seguras entre todos", afirma a gerente.
Mas, além de compactuar com esses princípios, a missão e a visão da Coalizão, o que mais uma empresa precisa se comprometer ao associar-se à Coalizão? Mariana Suniata A. Miranda, consultora sênior da Coalizão, explica: "A adesão ao grupo é voluntária e não implica nenhum comprometimento financeiro. Mas fazer parte da Coalizão é fazer parte de uma rede de empresas comprometidas com o poder do segundo setor na transformação e mobilização de forças da sociedade em prol da prevenção e enfrentamento à violência contra mulheres. Uma rede tão forte quanto as intenções, ações, práticas e seres que a compõem."
Pré-requisitos e compromissos
Qualquer empresa idônea, seja de qual tamanho for, que tiver interesse real e genuíno em assumir o compromisso pelo enfrentamento da violência contra mulheres e meninas pode fazer parte da Coalizão. Para manifestar seu interesse ou tirar qualquer dúvida, envie um e-mail para coalizaoempresarial@avon.com.
O único pré-requisito é que a empresa signatária seja membro dos
WEPs da ONU e, claro, esteja de acordo com os pilares de trabalho do grupo. São eles:
- ENFRENTAMENTO DO ASSÉDIO SEXUAL: desenvolver e implementar políticas e procedimentos internos visando o fim do assédio sexual nas empresas;
- AMBIENTE SEGURO E SUPORTE ÀS VÍTIMAS: garantir um ambiente de trabalho seguro para que funcionárias tenham acesso ao suporte e apoio necessários;
- EDUCAÇÃO E MUDANÇA DA CULTURA ORGANIZACIONAL: promover a participação massiva de associados (homens e mulheres) da empresa em oficinas de formação, treinamentos e capacitação no tema.
Além disso, a empresa precisa participar das Jornadas de Formação, Plantões de trocas e aprendizados, envolver-se, desenvolver e replicar as campanhas de comunicação na sua empresa, para impactar seus funcionários e o público com o qual se relaciona. Para Regina Célia Barbosa, gerente de Causas do Instituto Avon - que lidera a iniciativa - "quando a empresa entra para a Coalizão, temos a certeza de que ela escolheu assumir a causa do enfrentamento às violências contra as mulheres e meninas como parte essencial dos seus valores corporativos. E essa atitude reforça o seu compromisso ético com ações que fortalecem a diversidade, a equidade de gênero e a promoção de uma liderança engajada na valorização das mulheres em respeito à sua história, às suas competências e às suas habilidades. E isso, para nós, é um novo modelo de cidadania corporativa".